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Sangue doado poderá ser transformado em tipo universal

Milhares de pessoas precisam, diariamente, de sangue doado devido a inúmeros procedimentos médicos, mas a presença de antígenos nos eritrócritos levam a um cuidado significativo quanto à tipologia sanguínea antes de qualquer transfusão para evitar reações adversas e até fatais.
Apenas sangues sem antígenos do tipo A- e B-, como o do tipo O podem ser usados nas transfusões. Porém, foi reportado por cientistas da University of British Columbia (Vancouver, BC, Canadá) uma maneira de transformar sangues do tipo A e B em tipo neutro para que possa ser transfundido em qualquer paciente.
O estudo teve foco em como remover enzimaicamente o terminal N-acetiylgalactosamine ou galactose dos antígenos A- ou B-, respectivamente, o que produziria o tipo O-. Usando glycoside hydrolase do Streptococcus penumoniae SP3-BS71 o qual desfaz a ligação dos trissacarídeos determinantes da tipagem sanguínea A- e B- .
Com ajustes finos destas enzimas chegou-se a melhora da sua habilidade de remover os açúcares determinantes da tipagem sanguínea, apresentando um sangue com antígeno neutro, com maior probabilidade de ser aceito por pacientes independente do seu tipo sanguíneo.
A conclusão dos pesquisadores é de além de facilitar as transfusões de sangue, este avanço poderá, também, ajudar nos transplantes de tecido e órgãos por doadores que antes seriam considerados incompatíveis.
O estudo foi publicado no Journal of the American Chemical Society, em 14 de Abril de 2015 e tem como principal autor Dr. Stephen G. Withers e contou com o apoio Canadian Blood Services, Canadian Institutes of Health Research, Health Canada e Michael Smith Foundation for Health Research.
Fonte: Sociedade Brasileira de Análises Clínicas 

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