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Destaques do Webinar YouCare e BGC

[:pt]Veja os destaques de nosso webinar, em parceria com a BGC, realizada na noite de 25/03.
Estiveram conosco:
1) Carlos Eduardo de Paula Gouvêa, presidente executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial) e presidente da ALADDIV
2) Fábio Arcuri, Diretor Latam da ThermoFisher e Presidente CBDL
3) Vítor Muniz Jr, Diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Roche e Vice Presidente CBDL
4) Lidia Abdalla, CEO do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica
■ Os testes p/ COVID-19: RT-PCR e “Teste Rápido”
O principal teste, considerado mais seguro para diagnosticar o novo coronavírus, consiste em um teste laboratorial de nome RT-PCR (reação em cadeia de polimerase em tempo real). Alternativamente a esse teste, pode ser usado o “teste rápido”, que nada mais são do que ensaios imunocromatográficos.
O RT-PCR é feito com uma amostra via nasal com um instrumento semelhante a um cotonete (chamado “swab”) que leva de 4 a 6 horas para ser concluído. Se somado à coleta e outras etapas, pode levar até dois dias. Ou seja, o RT-PCR é considerado de alta precisão, porém tem maior tempo de análise. No Brasil hoje ainda, por não haver capacidade de fazer esses testes em massa, os dados de contaminação são subestimados.
A alternativa para acelerar o número de testes é seguir o exemplo da Coreia do Sul e utilizar os ‘testes rápidos’, que ainda estão sendo disponibilizados aos poucos aqui no Brasil. Com isso, poderíamos evitar o isolamento “desnecessário” e retomar a atividade econômica. Os testes-rápidos podem usar dois tipos de amostras: sangue ou nasal e visam verificar dois tipos de anticorpos (IgM e IgG) ou o Antígeno (que seria o vírus, logo após a infecção). O teste rápido leva até 30 minutos mas tem suas limitações: o corpo demora a produzir anticorpos, de 5 a 10 dias ou seja, não identifica o contágio logo no início e possui risco de falso negativo (ou seja, a pessoa precisaria ser testada novamente após alguns dias, caso estivesse com o vírus incubado). Já os testes rápidos de antígeno são ainda poucas opções mas poderiam detectar logo no início da infecção, antes do surgimento dos anticorpos.
■ Testes em Massa: Desafios
Para usarmos os testes-rápidos em massa, precisaríamos importá-los, mas vale lembrar que todos os países estão com demanda elevada e logística prejudicada, o que dificulta a chegada dos dispositivos aqui. Os prazos ainda são incertos quanto a isso. A expectativa era que de 10 a 12 milhões de testes rápidos fossem disponibilizados para o Brasil já em abril, podendo até superar tal volume. No entanto, os gargalos logísticos tem atrasado esse cronograma com menos vôos, custos de frete altos e fronteiras fechadas.
Quando nos referimos à produção interna, a CBDL destaca o fato de que os registros para novos produtos têm sido feitos em uma velocidade espantosa. Em condições normais poderiam levar de 6 a 12 meses, mas, atualmente têm sido feitos em semanas. Esses novos produtos têm passado por avaliações para verificação de sua qualidade. O Sabin faz isso muito bem. Em parceria com a Escola de Higiene e Medicinal Tropical de Londres e com a SBPC (Sociedade de Patologia Clínica) , o resultado das avaliações de todos os produtos distribuídos no mercado será anunciado em breve e o consumidor terá uma referência. Lembrando que o padrão ouro é o teste RT-PCR.
■ Planejamento estratégico do setor de saúde: Alinhar diagnóstico x tratamento
É importante salientar que todo o setor de saúde se juntou para compartilhar ideias: laboratórios, indústrias de diagnósticos, indústrias de dispositivos médicos, indústrias de tecnologias médicas, hospitais, farmacêuticas, etc. De acordo com a CDBL, representantes de todos os segmentos têm se reunido às segundas, quartas e sextas para discutir iniciativas de combate ao COVID-19, inclusive aquelas focadas em testes mas também em alinhar as etapas diagnóstico e tratamento.
Vale ressaltar que já se estuda disponibilizar os testes-rápidos na rede de laboratórios e também nas farmácias para que sejam realizados por profissionais de saúde capacitados a interpretar o resultado de forma adequada. Essa iniciativa pode esbarrar nas discussões sobre integração dos resultados nos sistemas de saúde, assim como o pagamento desses testes para a população nos sistemas privados e públicos, mas é uma prática que pode ser adotada em período de contingência visando aumentar a capilaridade dos testes. O objetivo comum é promover a disponibilidade e acesso aos testes diagnósticos para a melhor decisão clínica para o tratamento mais adequado e precoce aos pacientes.
■ Bottom-Line: Enquanto não testamos, nossa única defesa é o isolamento social
Os testes em massa vão fazer a grande diferença na opinião de todos os representantes, seja para o controle da doença seja para otimizar o isolamento e reduzir os impactos econômicos. Todavia, na estrutura atual, enquanto não temos o volume necessário de testes, a melhor opção é o isolamento. Entretanto a indústria de diagnósticos e os laboratórios clínicos estão fazendo o melhor possível para expandir e aumentar a disponibilidade e o acesso aos testes diagnósticos.
Acompanhe como foi o Webinar : https://bit.ly/2JlMdRE[:]
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