Como investir capital emocional na sua empresa
Públicos de Interesse: Hospital, Operadora, Indústria, Clínica e Laboratório
E o que alimenta o relacionamento entre as pessoas envolvidas nessas atividades são basicamente suas emoções, intuições, visões de mundo.
Os aspectos intangíveis que poderíamos classificar como capital emocional não surgem nos balanços, nos organogramas e, principalmente, entre as razões de sucesso ou de fracasso de um empreendimento.
Talvez sob a influência das análises científicas, das organizações militares, da competição sempre presente, nos inspiramos nos martelos que depois de um tempo na função, só vêm pregos pela frente. E racionalizamos tudo: investimento, custo/benefício, lucratividade total, por mercadoria, por cliente.
Mas à medida que acertamos a mão na condução de nossa empresa descobrimos a importância de investir doses crescentes de capital emocional.
Ele se manifesta na habilidade de tratarmos como investimento o erro de um funcionário, de sermos mais brandos na possibilidade de ganho com um aliado que confia em nossas propostas e, principalmente, na dedicação e no investimento que reservamos para melhorar a performance de um produto ou de um serviço.
Mesmo não registrando esse capital emocional em nossos balanços a gente o percebe se manifestando naquela funcionária ou funcionário que dedica sua vida a seduzir e atrair nossos clientes; naquele fornecedor sempre pronto a entender e nos ajudar a superar as várias dificuldades que surgem; naquela consumidora que volta e traz sempre mais um amigo, parente e conhecido.
Esse capital emocional, não contabilizado, é a alma da empresa. Você pode acessá-lo sem precisar conversar com seu gerente no banco. Mas terá que ampliar sua habilidade gerencial para além dos livros caixa, para além das ordens intempestivas, para muito além do lucro a qualquer custo.
É o capital emocional que te ajudará motivar e mobilizar sua equipe, seus fornecedores e, até mesmo a clientela final, em torno do mistério que é sua visão de mundo, que você teve a ousadia e a energia de traduzir no que nós, de fora, entendemos como sendo sua empresa.
Com certeza você já se vale do próprio capital emocional para sustentar sua empresa. Resta saber se o tem usado na sua totalidade e mobilizado as principais fontes que são todas as pessoas que interagem com a cadeia produtiva de sua organização.
Marco Roza é diretor da Agência Consumidor Popular e estrategista de novos negócios
Fonte: UOL Economia