Mês da Mulher: Apaixonada pelo que faz Por Dra. Sofia Acioli
Se divertir trabalhando. É assim que Dra. Sofia Acioli vive desde os 16 anos de idade, quando escolheu fazer um curso técnico em laboratório. Dividindo sua vida pessoal e profissional com muita inteligência, serenidade e amor, ergueu o maior laboratório de análises clínicas em Alagoas. Essa é uma história que não pode deixar de ser conhecida.
Apaixonada pelo que faz
Por Dra. Sofia Acioli
Aos 16 anos fiz um curso de técnica em laboratório e me apaixonei. Quando prestei vestibular escolhi medicina porque na ocasião era a única opção que me permitia atuar em laboratório.
Me casei aos 19 anos e parei de estudar porque já no primeiro ano de casada fui morar em Roma, onde fiquei por 1 ano. Voltei grávida do primeiro filho, mas mesmo assim reabri minha matricula na universidade.
Com uma gravidez após a outra (pois nunca quis evitar ter filhos), dei a luz a quatro filhos. Dizia que cada filho era filho de uma matéria.
Trabalhava, estudava e cuidava das crianças. Minha mãe tinha pena de mim, dizia que eu trabalhava muito e levava uma vida muito corrida, mas para mim aquilo era tudo super normal.
E as crianças? Era uma ginástica! Mas tive algumas pessoas que me ajudaram a cria-las e educá-las. Uma funcionária, que está comigo há 40 anos, minha sogra e meu parceiro e marido. Eu digo que eles são os responsáveis pelo sucesso da minha carreira.
Sempre trabalhei muito, mas os momentos com meus filhos e minha família eram integrais. Eu estava 100% ali. Fazia questão de ajudar com os deveres, dar o banho, o jantar e ir às reuniões da escola.
Hoje vejo as cartinhas que eles me faziam quando eram crianças e penso se realmente era aquela mãe que eles escreviam nas cartas, pois meu sentimento até pouco tempo é que sempre estava devendo atenção e horas de dedicação a eles. Um dia desses conversei com todos e percebi que nenhum deles tem esse sentimento, o me deixa muito feliz.
Após 10 anos de formada, meu pai faleceu e me deixou uma casa de herança, no bairro de Pajuçar, em Maceió. O bairro estava em crescimento, então resolvi abrir um laboratório achando que tinha tudo que precisava: conhecimento técnico, contatos, relacionamento e mercado, pois foi em meio à época do boom dos exames de hormônios.
Depois de um ano com o laboratório percebi que precisava de algo mais: gestão. Foi nesse momento que comecei a ficar incomodada e preocupada. Participava de congressos, estudei gestão e qualidade. Então procurei o SEBRAI, que me indicou fazer o curso de Qualidade Total durante nove meses – uma gestação. Foi quando perdi o privilégio da ignorância, pois naquele momento eu sabia que nada sabia.
Sem saber o que fazer com aquela tonelada de informações, pedi ajuda novamente ao SEBRAI. Eles me disseram que se eu conseguisse quatro laboratórios, me subsidiariam a certificação ISO. Corri atrás e consegui. Dalí em diante eu teria 1 ano e 8 meses até conquistar a certificação (que ninguém na área laboratorial tinha). Na época éramos em 15 funcionários. A Unimed, maior operadora de Maceió, representava 40% do meu faturamento quando a sócia se desligou e com ela, lá se foi o credenciamento do laboratório com a Unimed. Foi um balde de água fria, pois estava bem no meio da certificação. Mas acreditando muito, segui firme, tive que demitir pessoas e depois de 1 ano e 8 meses, em 2001 consegui a certificação ISO.
Hoje ainda penso que perder esse convênio me tirou da zona de conforto e me levou a escolher outros caminhos, como a medicina ocupacional e atendimento às pessoas que não tem convênio, nas periferias e no interior do estado de Alagoas. Hoje conto com a participação ativa dos filhos na gestão, somos o laboratório com maior rede de atendimento e não tenho nenhum convenio com mais de 15% de participação no meu faturamento.
Peguei gosto pela gestão e então vieram mais resultados:
2004 e 2005, ganhamos o Prêmio de Pequena e Micro Empresa FNQ.
2006, vencemos o Prêmio Nacional de Gestão em Saúde PNGS.
De 2007 a 2010, conquistamos bronze, prata e ouro, consecutivamente o Prêmio Nacional de Qualidade do Estado de AL.
Em 2008, ganhei o Prêmio de Mulher Empreendedora do SEBRAI.
Em 2013 me sentindo novamente na zona de conforto, resolvi criar mais frio na barriga e implantamos a certificação PALC. Hoje somos acima da média nacional de não conformidades.
Uma das coisas que me ajudaram e ajudam muito nessa jornada é a espiritualidade. Sempre estive muito próxima à igreja e levei meus filhos. Nem todos iam para a igreja, mas eu sabia que sementinha estava plantada. Hoje vejo todos os meus filhos buscando espiritualidade e equilíbrio.
Sempre fui para o meu trabalho leve e feliz, realizada. Sou muito abençoada. Acredito que com Deus eu posso tudo. Acho que é isso que mantém essa minha alegria de viver.
Aprendi que a única pessoa que eu posso mudar no mundo sou eu. E minha mudança muda o outro.
Hoje olho para trás e não sei como dei conta de tanta coisa. Penso que hoje não conseguiria.
Estou amando a minha idade. Me acho jovem e tenho muitos sonhos a realizar.
Mensagem às mulheres:
Quando a gente acerta na profissão e faz o que gosta, tudo se torna leve. Seja integral quando estiver com sua família e que seja com prazer. Procure coisas que goste de fazer e que faça bem para todos que ama.
Aceitação é saber viver com o que você tem. Peça todos os dias serenidade para aceitar aquilo que não pode mudar coragem para mudar o que você pode e sabedoria para diferenciar uma da outra.
Tudo passa pelo autoconhecimento, mas sempre na luz de Deus. Se não for assim você se perde.
Descubra em você o que tem de bom e ruim, aceite e mude o que é necessário.
Se divertir trabalhando. É assim que Dra. Sofia Acioli vive desde os 16 anos de idade, quando escolheu fazer um curso técnico em laboratório. Dividindo sua vida pessoal e profissional com muita inteligência, serenidade e amor, ergueu o maior laboratório de análises clínicas em Alagoas. Essa é uma história que não pode deixar de ser conhecida.
Apaixonada pelo que faz
Por Dra. Sofia Acioli
Aos 16 anos fiz um curso de técnica em laboratório e me apaixonei. Quando prestei vestibular escolhi medicina porque na ocasião era a única opção que me permitia atuar em laboratório.
Me casei aos 19 anos e parei de estudar porque já no primeiro ano de casada fui morar em Roma, onde fiquei por 1 ano. Voltei grávida do primeiro filho, mas mesmo assim reabri minha matricula na universidade.
Com uma gravidez após a outra (pois nunca quis evitar ter filhos), dei a luz a quatro filhos. Dizia que cada filho era filho de uma matéria.
Trabalhava, estudava e cuidava das crianças. Minha mãe tinha pena de mim, dizia que eu trabalhava muito e levava uma vida muito corrida, mas para mim aquilo era tudo super normal.
E as crianças? Era uma ginástica! Mas tive algumas pessoas que me ajudaram a cria-las e educá-las. Uma funcionária, que está comigo há 40 anos, minha sogra e meu parceiro e marido. Eu digo que eles são os responsáveis pelo sucesso da minha carreira.
Sempre trabalhei muito, mas os momentos com meus filhos e minha família eram integrais. Eu estava 100% ali. Fazia questão de ajudar com os deveres, dar o banho, o jantar e ir às reuniões da escola.
Hoje vejo as cartinhas que eles me faziam quando eram crianças e penso se realmente era aquela mãe que eles escreviam nas cartas, pois meu sentimento até pouco tempo é que sempre estava devendo atenção e horas de dedicação a eles. Um dia desses conversei com todos e percebi que nenhum deles tem esse sentimento, o me deixa muito feliz.
Após 10 anos de formada, meu pai faleceu e me deixou uma casa de herança, no bairro de Pajuçar, em Maceió. O bairro estava em crescimento, então resolvi abrir um laboratório achando que tinha tudo que precisava: conhecimento técnico, contatos, relacionamento e mercado, pois foi em meio à época do boom dos exames de hormônios.
Depois de um ano com o laboratório percebi que precisava de algo mais: gestão. Foi nesse momento que comecei a ficar incomodada e preocupada. Participava de congressos, estudei gestão e qualidade. Então procurei o SEBRAI, que me indicou fazer o curso de Qualidade Total durante nove meses – uma gestação. Foi quando perdi o privilégio da ignorância, pois naquele momento eu sabia que nada sabia.
Sem saber o que fazer com aquela tonelada de informações, pedi ajuda novamente ao SEBRAI. Eles me disseram que se eu conseguisse quatro laboratórios, me subsidiariam a certificação ISO. Corri atrás e consegui. Dalí em diante eu teria 1 ano e 8 meses até conquistar a certificação (que ninguém na área laboratorial tinha). Na época éramos em 15 funcionários. A Unimed, maior operadora de Maceió, representava 40% do meu faturamento quando a sócia se desligou e com ela, lá se foi o credenciamento do laboratório com a Unimed. Foi um balde de água fria, pois estava bem no meio da certificação. Mas acreditando muito, segui firme, tive que demitir pessoas e depois de 1 ano e 8 meses, em 2001 consegui a certificação ISO.
Hoje ainda penso que perder esse convênio me tirou da zona de conforto e me levou a escolher outros caminhos, como a medicina ocupacional e atendimento às pessoas que não tem convênio, nas periferias e no interior do estado de Alagoas. Hoje conto com a participação ativa dos filhos na gestão, somos o laboratório com maior rede de atendimento e não tenho nenhum convenio com mais de 15% de participação no meu faturamento.
Peguei gosto pela gestão e então vieram mais resultados:
2004 e 2005, ganhamos o Prêmio de Pequena e Micro Empresa FNQ.
2006, vencemos o Prêmio Nacional de Gestão em Saúde PNGS.
De 2007 a 2010, conquistamos bronze, prata e ouro, consecutivamente o Prêmio Nacional de Qualidade do Estado de AL.
Em 2008, ganhei o Prêmio de Mulher Empreendedora do SEBRAI.
Em 2013 me sentindo novamente na zona de conforto, resolvi criar mais frio na barriga e implantamos a certificação PALC. Hoje somos acima da média nacional de não conformidades.
Uma das coisas que me ajudaram e ajudam muito nessa jornada é a espiritualidade. Sempre estive muito próxima à igreja e levei meus filhos. Nem todos iam para a igreja, mas eu sabia que sementinha estava plantada. Hoje vejo todos os meus filhos buscando espiritualidade e equilíbrio.
Sempre fui para o meu trabalho leve e feliz, realizada. Sou muito abençoada. Acredito que com Deus eu posso tudo. Acho que é isso que mantém essa minha alegria de viver.
Aprendi que a única pessoa que eu posso mudar no mundo sou eu. E minha mudança muda o outro.
Hoje olho para trás e não sei como dei conta de tanta coisa. Penso que hoje não conseguiria.
Estou amando a minha idade. Me acho jovem e tenho muitos sonhos a realizar.
Mensagem às mulheres:
Quando a gente acerta na profissão e faz o que gosta, tudo se torna leve. Seja integral quando estiver com sua família e que seja com prazer. Procure coisas que goste de fazer e que faça bem para todos que ama.
Aceitação é saber viver com o que você tem. Peça todos os dias serenidade para aceitar aquilo que não pode mudar coragem para mudar o que você pode e sabedoria para diferenciar uma da outra.
Tudo passa pelo autoconhecimento, mas sempre na luz de Deus. Se não for assim você se perde.
Descubra em você o que tem de bom e ruim, aceite e mude o que é necessário.