Transformando o papel do paciente na saúde: de Invisível a aliado na co-criação de valor
Na dinâmica complexa da saúde moderna, o paciente muitas vezes é visto como um elo invisível, porém essencial, e eu diria principal no sistema de cuidados. Tive a oportunidade de participar do evento “Verdades Amargas na Saúde”, organizado pelo Cubo Health ao lado de líderes como Lorenzo Tomé, Ítalo Martins e Rogério Scarabel e explorei a necessidade emergente de envolver mais os pacientes no processo de co-criação de valor. Entendo que isso vai além de simplesmente ouvir suas opiniões; requer uma mudança fundamental na dinâmica, onde os pacientes se tornam colaboradores ativos na definição de seus cuidados.
Para isso, precisamos entender suas jornadas de compra!
Uma das abordagens-chave nesse aspecto é o co-design de serviços, onde pacientes e profissionais de saúde colaboram na criação de soluções adaptadas às suas necessidades específicas. Isso não só melhora a experiência do paciente, mas também aumenta a eficiência dos serviços de saúde, alinhando-se com os princípios de co-criação de valor propostos pelos autores C. K. Prahalad e Venkat Ramaswamy. Além disso, promover a participação ativa dos pacientes nas decisões relacionadas ao tratamento e oferecer programas educacionais e de empoderamento são passos cruciais para transformar o paciente de mero receptor passivo para aliado na busca por uma saúde mais eficaz e centrada no paciente.
A tecnologia desempenha um papel fundamental nesse processo, permitindo o acesso à informação e a utilização de ferramentas como aplicativos móveis para monitoramento de saúde e telemedicina. Ao criar espaços para que os pacientes compartilhem suas experiências e insights valiosos, estamos construindo uma comunidade de saúde mais colaborativa e empoderada. Minha dissertação de mestrado nessa temática reforça meu compromisso e expertise nesse caminho de transformação, onde o paciente passa de invisível a parceiro ativo na co-criação de um sistema de saúde mais eficiente e centrado nas necessidades individuais.
Por Daniela Camarinha
