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Dani Talks – #24 Patrícia Blanco “A importância da comunicação ética e responsável”

Hoje o Dani Talk’s conversa com a Patrícia Blanco, com formação em Relações Públicas pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, com Pós-graduação em Marketing pela ESPM, foi durante três anos Diretora Executiva do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial – ETCO. É atualmente Presidente Executiva e do Conselho Diretor do Instituto Palavra Aberta, entidade que coordena o EducaMídia, programa que visa conscientizar a sociedade sobre a importância da educação midiática. É conselheira titular e Vice-Presidente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, membro do Conselho de Ética do Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária – CONAR; membro do Conselho Editorial da Folha de S. Paulo e da Comissão Permanente de Comunicação e Liberdade de Expressão do Conselho Nacional de Direitos Humanos. É organizadora de diversos livros, entre eles, o “Liberdade de Expressão – Questões da Atualidade” (2019), o “Avanços e Desafios da Liberdade de Expressão10 anos do Palavra Aberta” (2020) e “Liberdade de Imprensa Contemporânea”, lançado em 2021.

Dani ressalta que hoje existe uma fronteira “esfumaçada” entre o que é ou não a liberdade de expressão, que é entendida amplamente na presença da imprensa, dos indivíduos e do acesso à informação “nua e crua”, mas hoje existem muitas vozes, novos agentes e participantes, o que traz muitas interpretações de um mesmo fato, além de práticas não muito éticas, como escudo para discursos de ódio, ataques e Fake News. É um grande e novo desafio, o que fez com que o Instituto Palavra Aberta revisasse muitas ideias que nos norteavam desde o início.

A questão da Pandemia deixou marcas inclusive para a área da Comunicação, pois muitas informações se desencontraram, o que gerou uma “poluição informacional”, por conta da Infodemia e discursos desinformativos, como ficar ou não em casa, tomar ou não a vacina, etc.

Com a tecnologia foi dada a todos a oportunidade de gerar conteúdo e com essa imensa quantidade de conteúdos produzidos por qualquer um de nós, muitas vezes não pesquisados a fundo, forma-se o que Patrícia chama de poluição informacional.

É necessário ter um compromisso com a verdade. Existem muitos agentes que querem tumultuar o debate, que causam dúvidas sobre as informações e essa poluição, tentando questionar as informações que circulam.

Dani comenta que todo o conteúdo afeta reputações, principalmente das marcas e Patrícia complementa que, com os diversos canais abertos e qualquer pessoa podendo discursar, todos ficam vulneráveis às opiniões das mensagens divulgadas.

Hoje nos relacionamos diretamente com o público final e precisamos tomar cuidado em como nos comunicamos, para que nenhuma comunicação seja ofensiva ou mal interpretada, e frutifique em cancelamentos ou boicotes. Por isso, é importante o cuidado na contratação de profissionais idôneos.

Os profissionais de comunicação estão mais preparados para apoiar as empresas no fluxo constante de informação. Independente do perfil do profissional, ele deve ter um olhar estratégico, que pode minimizar riscos. Não é só o jurídico que deve ser consultado, mas o profissional de marketing, o de relações públicas e o jornalista, que podem fazer parte da estrutura do marketing corporativo, também devem ser consultados.

Precisamos ter um olhar crítico para tudo o que recebemos, lendo o conteúdo na íntegra, checando e validando, ao invés de cair no fluxo de estar “só repassando”. É preciso não dar engajamento à conteúdos fraudulentos, com ameaças ou discursos violentos. Precisamos praticar o “epa”, “peraí” e “ok”: receber, checar e só então repassar ou não.

Falando da RDC de testes laboratoriais e ambientes diversos, algumas empresas se apropriaram de parte do conteúdo para benefício próprio, Dani questiona qual o nosso papel e como minimizamos os desdobramentos dessas informações parciais. Patrícia ressalta que temos visões diferentes dos fatos, mas que sempre teremos que lidar com o favorecimento das partes envolvidas. É de responsabilidade das entidades informar o todo, e sensibilizar a imprensa e a população sobre o contexto completo.

É preciso que haja uma comunicação oficial sobre essa resolução e a partir daí os interlocutores podem ter suas opiniões baseadas no fato principal. A transparência é fundamental. O papel das entidades é levar a informação para imprensa o mais completa possível, porque o jornalista é generalista. Ele precisa ter acesso ao fato na íntegra, para que ele possa compreender a sua amplitude e noticiar a verdade.

Se você deseja ouvir mais desse excelente conteúdo e também outros, acesse o link do nosso canal:

Canais da Patrícia Blanco:

www.palavraaberta.org.br

www.instagram.com/educamidia

www.instagram.com/educamidia60

Indicação de livro: “Como enfrentar um ditador”, de Maria Ressa (Filipina, premiada com o Novel da Paz)

Ouça o episódio na íntegra:  https://open.spotify.com/episode/2OANDrUzJezOWwGDNjEBXc?si=8df62af957864427

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