Disrupção da medicina vai mudar tudo, principalmente o papel do médico
Debate nesta semana na IBM reuniu principalmente alunos de medicina para discutir um modelo de saúde contínuo e baseado na pró atividade.
A partir do Watson, símbolo de uma nova era de computação mais inteligente, traz ao médico através da comunicação cognitiva, um conselheiro que trabalha 24x7x365. Com ele além do acesso ilimitado à informação já digerida e baseada em evidências, possibilita ao médico corrigir rotas e tratamentos por meio da co criação com a tecnologia.
Empresas como Mayo Clinic, Medtronic e Underarmour já perceberam os benefícios dessa nova maneira de ver e absorver a crescente atualização que a medicina exige. Segundo pesquisas 50% do que é decidido pelo médico está errado ou desatualizado.
Sob o ponto de vista do benefício aos médicos, o Watson pode trazer um panorama geral das diferentes avenidas de tratamento por ordem de confiabilidade, por exemplo. Nesse caso o empoderamento que ele terá pode deixá-lo com mais tempo para se dedicar aos pacientes e ter acesso a informações que só um especialista teria. Explorou-se, inclusive, uma possível “desespecialização da medicina” por dar acesso irrestrito aos não especialistas que poderão integrar esse conhecimento mais apurado ao dele para tomar decisões.
A questão ética também foi citada, mesmo que de forma superficial, mas como outro tema que sofrerá sensíveis mudanças.
No caso dos benefícios aos pacientes, a principal questão apontada foi a de empoderamento por meio de informações mais confiáveis e de propriedade exclusiva do paciente, além dos ganhos possíveis mediante o alto nível de integração que a tecnologia permite. Nesse caso, a co criação é alcançada por meio do aprendizado que ambos são cometidos e os resultados possíveis dessa colaboração.
Ficou claro que a mudança será exponencial e disruptiva tanto na prática e atuação do médico, quanto na interação da cadeia de saúde como um todo.
Daniela Camarinha