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Hospital cria ursinho que envia mensagens via WhatsApp a criança com câncer

Do que você mais sente falta aqui? A resposta das crianças com diagnóstico de câncer internadas no setor de pediatria do Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, a 300 km de São Paulo, motivou os médicos e integrantes da área a buscarem uma solução que trouxesse mais conforto para as crianças internadas para tratamento.   As respostas foram as mais diversas – pai, mãe, irmão, tio, avô, colegas de escola, professor – mas todas relacionadas à presença de pessoas que, fora do hospital, faziam parte do convívio das crianças.
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Durante o tratamento, as crianças que recebem quimioterapia e outros medicamentos fortes precisam ficar isoladas para evitar que sua baixa imunidade atrapalhe no objetivo do tratamento. As visitas são controladas, apenas uma pessoa de cada vez pode entrar e por um tempo limitado.   Ao saber do que as crianças mais sentiam falta durante o tratamento, os médicos e toda a equipe da pediatria do Hospital Amaral Carvalho trabalharam durante meses em busca de uma ideia. Sugestões vieram de todos e o apoio também.   Um brinquedo ganhou o reforço da tecnologia e, no início deste mês, o hospital apresentou o ursinho Elo, que emite mensagens de voz deixadas às crianças pelo celular, via WhatsApp.
O resultado, de acordo com a médica hematologista e chefe da oncologia pediátrica do hospital, Claudia Teresa de Oliveira, ainda está sendo avaliado, mas as crianças aprovaram o ursinho Elo e ele já é o grande companheiro das que estão em tratamento.   Para ouvir as mensagens gravadas, basta que a criança aperte um botão que fica na mão do ursinho quantas vezes quiser. O dispositivo acoplado no brinquedo pode armazenar várias mensagens, dependo do tamanho do arquivo.   “A ideia funciona melhor com as crianças menores que se encantam em poder ouvir a voz do tio, avô ou irmão”, conta a médica. “Tudo o que a gente fizer em relação à humanização para minimizar o sofrimento que é inerente ao tratamento de câncer, que demanda muita hospitalização, muita quimioterapia, muito efeito colateral, é importante; qualquer coisa que se fizer no intuito de minimizar esse isolamento necessário” completa.

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Apoio

O hospital possui hoje dez ursinhos com a tecnologia para receber mensagens, mas busca o apoio para conseguir um número bem maior. “A parceria com as empresas que desenvolveram o ursinho teve custo zero até agora para hospital, mas nossa ideia é levar o mascote da pediatria para outras alas infantis, mas para isso, é preciso buscar novos parceiros”, explica Claudia. Referência no diagnóstico e tratamento do câncer a criação do ursinho Elo faz com que o Hospital Amaral Carvalho ficasse ainda mais conhecido.

vídeo postado pela assessoria de comunicação da entidade no YouTube já foi assistido por mais de 45 mil pessoas e se espalhou rapidamente via Facebook.Théo e Duda Além de terem a mesma idade, 4 anos, Théo e Duda têm em comum o diagnóstico de câncer. Em tratamento no Hospital Amaral Carvalho, os dois ganharam seu ursinho Elo e puderam receber mensagens de familiares e dos amiguinhos durante o isolamento.

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Maria Eduarda Calobrizi, a Duda, foi diagnosticada há cerca de um ano com leucemia linfoide aguda. A mãe, Andreza da Silva, 31 anos, conta que a filha passou mal pela primeira vez numa viagem de final de ano ao Rio de Janeiro. Enquanto recebia o tratamento, Duda ganhou o ursinho, a quem batizou de de “Bela”, e recebeu três mensagens. A mãe conta que ela ouvia várias vezes ao dia. “Ela reconheceu as vozes, foi maravilhoso”, conta Andreza.

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Théo Teixeira Manzini, assim como a Duda, está no vídeo gravado pelo hospital. Antes de ser diagnosticado com leucemia linfoide aguda, Théo passou por cinco médicos. Sabrina Teixeira Manzini, mãe dele, conta que um nódulo no pescoço, dores de cabeça e nas pernas foram os primeiros sintomas. “Eu sabia que iria ser difícil, mas não sabia que seria tanto assim”, conta, após nove meses de tratamento. Théo também adorou receber o ursinho no isolamento e deu pra ele o nome de Bery. No vídeo divulgado pelo hospital, Théo reconhece a voz da mãe e dos colegas da escola. Recebeu mensagens também dos avós e simplesmente adotou o ursinho Elo como companheiro no tratamento. Ele diz que pretende fazer um ‘pijaminha’ para o seu urso, para fazer de conta que ele também está internado.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude

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