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Visagismo e Saúde: o poder da interpretação das imagens

Entrevista com Daniela Camarinha
No bate papo com You Care de hoje, vamos falar um pouco sobre o conceito de visagismo aplicado à saude.
Daniela Camarinha nos explica como esse conceito pode auxiliar na criação e escolha da identidade de comunicação das empresas do setor.
1. No seu artigo mais recente para a revista Laes e Haes, você traçou um paralelo entre o visagismo e a criação e manutenção de imagens corporativas. Na sua opinião, as empresas da área de saúde podem se beneficiar com esse conceito?
DC: Sim, podem se beneficiar e muito! Tradicionalmente as empresas de saúde procuram vincular as suas imagens corporativas a ícones familiares a área como o bordão de esculápio, ou uma cruz estilizada ou até mesmo o homem vitruviano para ilustrar assuntos relacionados com medicina e saúde. O conceito de visagismo busca revitalizar e trazer para a contemporaneidade formas e traços que, longe dos elementos usados à exaustão, levam a imagens corporativas perfeitamente alinhadas com a linha de atuação das empresas, trazendo a sua comunicação corporativa uma imagem moderna e profissional.
2. Se, partindo desse princípio, todos nós somos influenciados pelas imagens e formas geométricas de forma semelhante, quais são as melhores imagens para garantir a simpatia do público?

DC: Imagens circulares ou com formas orgânicas remetem ao feminino, a leveza, ao sentimento, enquanto as formas geométricas transmitem, precisão, segurança, racionalidade.
Diria que uma clínica ginecológica, por exemplo deve optar por formas orgânicas na concepção de seu logotipo e um banco deve optar por formas geométricas.
3. E as imagens a serem evitadas?
DC: Usar imagens “datadas” como por exemplo, símbolos ou objetos que possam ser descontinuados rapidamente, principalmente se forem ligados a tecnologia, que fatalmente ficará obsoleta em pouco tempo.
4. Fazendo um comparativo com as artes, em especial, as artes plásticas e a arquitetura, nota-se que o conceito de visagismo está sempre presente, como forma de transmitir uma ideia ou um sentimento. A mesma interação é esperada quando um cliente interage com uma empresa, marca ou ícone corporativo. De que forma isso pode ocorrer?
DC: Ocorre na medida que o nosso cérebro reconhece o mundo em formas geométricas. O nosso inconsciente cria significados para as formas e elementos que compõem nosso campo de visão atribuindo a eles um valor oculto. As marcas de sucesso na percepção de seus públicos, são aqueles que conseguem captar esse valor com precisão e tangibilizar sua atuação através desses significados.
5. Quais são suas dicas para que as empresas de saúde desenvolvam cultura organizacional voltada ao visagismo?
DC: Primeiramente, seria importante ter uma cultura voltada para inovação, ter a mente aberta a mudanças e incutir essa cultura em toda a empresa. Com esse espírito e após consultar um profissional habilitado para a criação dessa identidade, replicaria o conceito em todos os materiais de contato com clientes, fornecedores, colaboradores e demais públicos, disseminando sua imagem e suas cores até que isso se torne a essência da corporação.
Cito como exemplo a própria You Care, que tem na sua flor e no seu tom de verde específico uma marca registrada: no site, no cartão de visitas, nos brindes e em outros inúmeros materiais. O que se vê, são os mesmos símbolos e cores, isso repetidamente gera uma lembrança que reforça a marca na mente de seus públicos. Todas as peças visam trazer o mesmo significado e propiciar um melhor entendimento. A escolha da flor advém da metáfora de que um cliente quer e merece uma flor e que todos se importam com isso.
Visagismo e Saúde: o poder da interpretação das imagens

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